AH! MOÇO, QUE SAUDADE
Muriel Elisa Távora Niess Pokk
Ah! Moço, que saudade
Do tempo em que cedinho,
Naquelas manhãs passadas,
Víamos aquele prado verdinho,
E por ele corríamos de mãos dadas.
Ah! Moço, que saudade
Das nossas cachoeiras,
Onde nos refrescávamos do calor,
Ríamos, falávamos asneiras,
Nus, nadávamos sem pudor.
Ah! Moço, que saudade
Daquele jacarandá,
De flores lilases e lindas...
Quanta saudade me dá
Dos seus beijos de boas vindas
Das flores trançadas com carinho,
Coroa feita, para mim, sua princesa.
Depois, com altivez, devagarzinho
Sorrindo, coroava-me com realeza.
Lembra daquela jabuticabeira
Que nossa fome vinha matar.
Pois, é, esta saudade matreira
Não quer mais NE largar.
Como flecha ligeira,
Sem pena,
meu peito vem acertar.
Registrado em cartório